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14/08/2024 às 08h45min - Atualizada em 15/08/2024 às 00h00min

Pequenos negócios movimentam R$420 bilhões ao ano na economia, mas falta de controle no caixa as levam a falência

Segundo Thiago Queiroz, sócio da LTQ Educação, parte dos MEI’s iniciam uma empresa sem compreender as necessidades financeiras do negócio, levando-os ao endividamento e fechamento das portas.

QUéZIA ESTEVãO
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De acordo com dados do Sebrae, os pequenos negócios correspondem a 99% dos empreendimentos no país e são responsáveis por 52% dos empregos formais. Ou seja, os microempreendedores individuais (MEIs) representam uma parcela significativa da economia brasileira. No entanto, apesar de sua relevância, a sobrevivência desses negócios tem sido desafiadora devido à falta de organização de caixa.

Ainda, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 80% das micro e pequenas empresas não chegam a completar o primeiro ano, e 60% fecham antes dos cinco. A falta de organização financeira e controle de caixa são apontadas como as principais causas desse alto índice de mortalidade empresarial. De acordo com o administrador e sócio da LTQ Educação, Thiago Queiroz, a importância dos pequenos negócios para a economia brasileira é inegável. Eles não apenas geram empregos, mas também fomentam a inovação e impulsionam o desenvolvimento local. 

"Os pequenos negócios são primordiais para a economia brasileira. Porém, a falta de planejamento financeiro e controle adequado do fluxo de caixa são barreiras significativas para a sua longevidade", destacou o especialista. Thiago Queiroz ainda alerta que muitos empreendedores iniciam suas atividades sem uma compreensão clara das necessidades financeiras do seu negócio, o que pode levar ao endividamento e, eventualmente, ao fechamento das portas.

Caixas descontrolados
Para Thiago, muitos MEI’s confundem todas as entradas no caixa da empresa com lucro, o que pode ser um erro. Pois, “antes de lucrar é necessário formar um capital de giro. Sem capital de giro, é provável que essas pequenas empresas já iniciem sua jornada utilizando suas finanças pessoais para arcar com as despesas da empresa.” Segundo o administrador da LTQ Educação, essa mistura nas finanças pessoais, com as da empresa, pode acabar em um alto descontrole, ocasionando uma “bola de neve” e como consequência, terão um aumento das dívidas levando-os a falência.

Também de acordo com Lucas Pontes, contador e sócio da LTQ Educação, os problemas enfrentados pelos microempreendedores ainda vão além da falta de controle de caixa. A instabilidade econômica, a alta carga tributária e a burocracia também são desafios constantes. "Muitos empreendedores subestimam os custos operacionais e não fazem uma projeção realista de suas receitas e despesas. Isso resulta em um desequilíbrio financeiro que pode ser fatal para o negócio", apontou. Lucas Pontes enfatiza a necessidade de uma gestão financeira rigorosa e do uso de ferramentas de controle, como planilhas e softwares específicos, para garantir a saúde financeira da empresa.

Há ainda outro ponto crítico para os pequenos negócios, segundo os especialistas: o acesso ao crédito. Muitas vezes, a falta de capital de giro é um fator que contribui para o fechamento prematuro dos negócios. "Os pequenos negócios enfrentam dificuldades para acessar linhas de crédito com juros baixos e condições favoráveis. É essencial que os empreendedores busquem auxílio profissional e conheçam opções disponíveis para eles e tenham um bom histórico financeiro para aumentar suas chances de aprovação", destaca Lucas Pontes. 

Mitigação do problema
Para solucionar esses riscos, os especialistas sugerem que os pequenos negócios adotem práticas de planejamento financeiro desde o início. "É crucial que esses iniciantes no empreendedorismo façam um planejamento financeiro detalhado antes de iniciar suas atividades. Isso inclui a elaboração de um plano de negócios sólido, a definição de metas financeiras claras e a criação de um fundo de reserva para emergências, além de investirem com urgência em educação e capacitação financeira", destaca o contador Lucas Pontes.

O primeiro ponto que um pequeno empreendedor deve se preocupar é, principalmente, com o dinheiro que possui atualmente em caixa, e como ter cuidado para não se descontrolar com esse recurso, o que pode levar seu negócio à ruína sem perceber. Outro ponto essencial é como conseguir vender mais e atrair clientes ideais. Porém, esse segundo ponto vai depender da criatividade e do ramo de cada um.

Além disso, a adoção de boas práticas de gestão, aliada ao uso de ferramentas adequadas e à busca por capacitação, pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma empresa iniciante. "A sobrevivência dos pequenos negócios também depende da capacidade dos empreendedores de se adaptarem às exigências do mercado e de gerirem suas finanças de maneira eficaz. Com organização e planejamento, é possível superar os desafios e garantir um futuro promissor para suas empresas", finaliza o administrador e sócio da LTQ Educação, Thiago Queiroz. 

LTQ Educação
A LTQ Educação é liderada pelos amigos e sócios Thiago Queiroz e Lucas Pontes, desde o ano de 2023. A empresa, que é formada por jovens empresários, surgiu com o intuito de ajudar microempreendedores a realizarem uma boa gestão dos seus negócios, através de consultorias financeiras, principalmente àqueles que não possuem nenhuma compreensão do mundo empresarial. Thiago Queiroz e Lucas Pontes, através da LTQ Educação, desenvolveram planilhas automáticas e softwares que objetivam auxiliar esses pequenos empresários, no dia a dia, a terem controle macro sobre os seus caixas e fazer uma boas gestão das suas finanças.

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QUÉZIA BARBOSA ESTEVÃO
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